sábado, 6 de novembro de 2010

História: Você sabe Como começou a Umbanda?

Em 15 de Novembro de 1908. Compareceu a uma sessão a “Federação Espírita em Niterói”, um jovem de 17 anos, pertencente a tradicional família fluminense. Chamava-se Zélio de Morais e restabelecera-se, dias antes, de moléstia cuja origem os médicos haviam tentado, em vão, identificar. Sua recuperação inesperada causara surpresa. Nem os doutores, nem  os tios, sacerdotes católicos, haviam encontrado explicação plausível.A família atendeu, então, à sugestão de um amigo que se ofereceu para acompanhar o jovem à Federação Espírita.O Dirigente dos trabalhos, José de Souza, convidou-o a participar da mesa. No decorrer da reunião, Zélio sentiu-se tomado por uma força estranha e ouviu sua própria voz perguntar: porque não eram aceitas as mensagens dos Índios e Caboclos, e, se  eram eles considerados atrasados apenas pela cor e pela classe social que declinavam.Seguiu-se um diálogo acalorado, no qual os dirigentes da mesa procuravam doutrinar o Espírito desconhecido, que mantinha segura argumentação. Finalmente, um  dos videntes pediu que a entidade  se identifica-se, já que lhe parecia envolvida numa áurea de luz.
Se queres um nome, respondeu involuntariamente Zélio, que seja este: CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS, porque não haverá caminhos fechados para mim.
E prosseguindo, anunciou a missão que trazia: Estabelecer um culto no qual os espíritos de índios e Negros escravos pudessem cumprir a determinação do astral: que teria como nome UMBANDA. E que não vinha só: trago comigo a verdadeira Legião do Plano Astral, que tem como missão, ajudar a restituir a paz no mundo na “ERA DA REGENERAÇÃO”
No dia seguinte, 16 de Novembro, na residência do jovem médium, na rua Floriano Peixoto, 30, em Neves, realizou-se a primeira sessão desse culto, ao qual a Entidade reafirmou o nome de UMBANDA. Estavam presentes quase todos os membros da Federação Espírita, para verificar a veracidade do que fora declarada  na véspera, os amigos da família surpreendidos e incrédulos, um grande número de desconhecidos, enfermos, aleijados, que ninguém saberia dizer como havia tomado conhecimento do que se passava. E muitos deles, ao final da reunião, estavam curados.

Saravá umbanda!

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